Nem a presença de Matcha, o LouCão, me serve de consolo. É curto. Ele não ladra, eu também não. Ele segue-me, feito sombra. Olha para mim com aquela devoção que não se explica. Também anda cabisbaixo, o bicho. Eu e este cão, guardamo-nos um ao outro. Não sou dona dele. Nunca fui e agora menos. Somos amparos silenciosos um do outro, só isso. Ele seguindo-me, abrindo as portas com a cabeça, pousando o focinho nas minhas pernas, eu fazendo de conta que o ignoro, ainda procurando o som dos seus passos no escuro, observando a sua respiração enquanto dorme, nutrindo-me daquilo que brevemente lhe vou dando (água, ração, paté e festinha ocasional).
#25 O regresso
#25 O regresso
#25 O regresso
Nem a presença de Matcha, o LouCão, me serve de consolo. É curto. Ele não ladra, eu também não. Ele segue-me, feito sombra. Olha para mim com aquela devoção que não se explica. Também anda cabisbaixo, o bicho. Eu e este cão, guardamo-nos um ao outro. Não sou dona dele. Nunca fui e agora menos. Somos amparos silenciosos um do outro, só isso. Ele seguindo-me, abrindo as portas com a cabeça, pousando o focinho nas minhas pernas, eu fazendo de conta que o ignoro, ainda procurando o som dos seus passos no escuro, observando a sua respiração enquanto dorme, nutrindo-me daquilo que brevemente lhe vou dando (água, ração, paté e festinha ocasional).